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Estórias

O autor

Nascido nos Covões de São Brás, hoje o bairro de São Brás da capital paraense, Joel, quarto filho de Cotinha e Cazuza, acostumou-se, desde cedo, com o bonde Circular fazendo a curva da Generalíssimo, com o jogo de peteca e a partida de botões de cuia no calçamento da rua, a empinar papagaio e a vender às freguesas do Mercado de São Brás saquinhos de papel para acondicionar as compras, saquinhos que ele e seus irmãos produziam com as várias camadas dos sacos de cimento que conseguiam em construções locais. Ali, a pajelança era ao mesmo tempo crença e medicina, era espiritual e saúde pública. E nos Covões, a pajelança não era folclore, era presença.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Belém abrigava uma população de origem social, cultural e étnica diversificada: industriais, grandes e pequenos comerciantes, um farto setor de funcionalismo público, operários fabris, trabalhadores do comércio, empregados das companhias de abastecimento, energia e transportes públicos, sem falar, de flagelados, pedintes, desempregados, meretrizes e crianças de rua. Muitos enfrentavam graves problemas relacionados à obtenção de renda e encontravam fortes adversidades em relação às condições de moradia, bem como dificuldades para expressar seus valores culturais. Essa população montava feiras para homenagear seus santos de devoção e explorava economicamente a realização de divertimentos públicos com ensaios de cordões de boi bumbá, pastorinhas, pássaros e concursos de dança. O espaço era, sobretudo, o das praças e várzeas de bairros periféricos como os Covões.

 

Antes dos 20 anos de idade, Joel deixara sua cidade natal para se reunir à sua mãe e aos nove irmãos que já haviam migrado para o Rio de Janeiro, cidade em que viveu o restante de sua vida, até 2002. Sua literatura foi um modo de se reencontrar com sua origem.

No ano em que Joel nasceu, 1935, a população da capital paraense alcançava cerca de 300 mil habitantes, dos quais apenas 37% tinham atividades consideradas definidas. A informalidade era grande e perambulavam pelas ruas todo tipo de vendedores ambulantes, como as tacacazeiras, as mingauzeiras, os vendedores de remédios naturais, e assim todo tipo de pregões se espalhavam compondo uma paisagem sonora muito particular para a cidade. Além da presença marcante de estrangeiros, havia um grande número de migrantes nordestinos, especialmente cearenses, como seu pai, Cazuza, fugindo das grandes secas daquele período.

A obra

Lançamento

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Neste espaço o visitante encontrará obras de ficção escritas nos gêneros romance e conto. A maior parte delas foi produzida nos anos 1990. As obras de maior fôlego como os romances têm forte inspiração na cultura amazônica embora não pretendam reconstituir com fidelidade práticas sociais e culturais típicas das sociedades daquela região. Os contos são mais variados e abordam, particularmente, questões de ordem interpessoal características da sociedade brasileira tradicional. Tentaremos disponibilizar o acervo o mais rapidamente possível e já desejamos a todos uma boa leitura!

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